quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Democracia

Todos nós, fruto da nossa condição de humanos ambicionamos um dia ser presidente de alguma coisa; este não é um mau príncipio, desde que a tentativa de favorecimento próprio não se sobreponha ao "mui" nobre sentimento de ambição comum. Este é o fantasma que nos ensombra a todos nos dias que correm; com o objectivo de serem reconhecidos e sobre-valorizados muitos são aqueles que procuram a todo o custo deixar para trás outros, com provas dadas de capacidade de trabalho e amor a uma causa.
A democracia á a arma do povo e o voto a sua voz; estão para breve as eleições para os orgãos constituintes do NEP e todos os sócios estão convidados a participar.
Para aqueles que ambicionam mais do que ser apenas votante, fica um apelo; Não tentes usar o NEP como forma de saciar a tua sede de poder ou impressionar poessoal docente.
Como disse em tempos um presidente dos Estados Unidos: "Não pensem no que a América pode fazer por vocês, mas no que vocês podem fazer pela América".

terça-feira, 29 de novembro de 2005

Um problema chamado Matemática

"Temos ofertas de emprego, mas não temos alunos para elas". O desabafo traduz o dilema do director do Curso de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho (UM), António Pontes. Única licenciatura do país exclusivamente vocacionada para os materiais plásticos, sem desemprego dos licenciados (há dificuldade em responder às ofertas), depara-se, porém, com "alguma quebra" na procura por parte dos alunos. O cenário, diz, tem vindo a melhorar, e este ano o curso já teve 23 inscritos (17 no ano anterior). Mas ficaram dois lugares por preencher. A divulgação não estará a dar os melhores resultados, admite, não obstante o "Dia Aberto" (a universidade abre-se às secundárias) e os kits pedagógicos para as escolas. "Na Matemática, reside a questão fundamental", aventa. O Departamento de Engenharia de Polímeros (Guimarães) alberga projectos de investigação amplamente premiados. "Não é por acaso que temos mais de 50 investigadores nacionais e estrangeiros. Mas, ainda não conseguimos a visibilidade suficiente para termos muitos e bons alunos. O panorama em Portugal é complicado na área das tecnologias, o que levanta um problema para o futuro". António Pontes não tem dúvidas de que este é um sector cada vez mais emergente. "O Minho/Galiza tem enorme potencial no desenvolvimento de polímeros. Há parcerias com indústrias, anuncia-se o "cluster" do automóvel e as empresas começam a instalar-se muito nesta zona", argumenta. Muito antes deste cenário prometedor, Paulo Pereira optou pelo curso. Depois da Licenciatura, passou pela indústria e voltou à UM, onde está a fazer o doutoramento. "Os alunos, hoje, optam mais por cursos de Humanidades. As Ciências, pela sua ligação à Matemática, ressentem-se disso, apesar das múltiplas saídas profissionais".

in Jornal de Notícias 28 de Novembro 2005

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Peça biodegradável para carros

A Universidade do Minho (UM) está a desenvolver o protótipo de um componente automóvel a partir de produtos naturais, como o amido de milho e a celulose. O objectivo é substituir o plástico convencional da tampa do altifalante da porta do condutor por uma peça natural com "impacto zero no ambiente". Este acessório biodegradável será apresentado à indústria automóvel no final do ano.
Este projecto é desenvolvido pelo Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) - a funcionar no pólo da UM, em Guimarães -, pelos departamentos de Biologia e Engenharia Biológica da UM (Braga), pela Universidade de Vigo e pelo Centro Tecnológico de Automoción de Galicia (CTAG). A investigação, que é financiada pelo Interreg em 75%, custa cerca de três milhões de euros e arrancou em Julho de 2004.
António Cunha, um dos investigadores, explicou que o projecto termina em Dezembro deste ano, altura em que a equipa apresentará o protótipo da tampa do altifalante da porta do condutor à indústria automóvel.
Esta investigação vai ao encontro das necessidades da indústria automóvel que, cada vez mais, procura introduzir materiais com menor impacto ambiental. "A maior parte dos plásticos é adquirida sinteticamente. Se os conseguirmos obter a partir de produtos naturais, o impacto ambiental será reduzido", sublinhou.
Por isso, a equipa está "a desenvolver soluções de materiais compósitos a partir de matrizes poliméricas naturais - amido ou ácido láctico - e reforços naturais - a celulose".
Os investigadores querem, assim, usar materiais de origem natural, reforçados com fibras também naturais, com propriedades capazes de resistir às especificações exigidas pela indústria automóvel.
O também presidente da Escola de Engenharia disse que "a única peça comercial que existe, em plástico natural com fibra, é a cobertura do pneu suplente do Toyota Raum, que é fabricada em poliácido láctico, reforçado com fibra Kenaf (é uma fibra natural de uma planta asiática)".
No futuro, a equipa pretende usar proteínas em vez do amido de milho, mas sem disparar o custo de venda dos veículos no mercado. Também tenciona trabalhar directamente com a indústria automóvel, incluindo a europeia, noutro tipo de componentes biodegradáveis.
Este protótipo surge no âmbito do projecto NaturPlas, que visa a criação de um centro virtual de desenvolvimento de compósitos biodegradáveis.
Segundo António Cunha, o NaturPlas destina-se a "tentar desenvolver métodos e explorar possibilidades de aplicação de materiais naturais (plásticos de origem natural com fibras naturais) em aplicações convencionais, nomeadamente para a indústria automóvel".
in Diário de Notícias 7 de Novembro 2005

sábado, 2 de julho de 2005

Inventada pastilha elástica que não se cola

Cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, inventaram uma pastilha elástica que não se cola, o que faria poupar às autoridades centenas de milhar de libras em limpezas.
Na base da descoberta está um polímero chamado «revolímero», criado por uma equipa daquela universidade dirigida por Terry Cosgrove, professor de Físico-Química.
O segredo, em termos gerais, estaria na combinação de dois polímeros, um que repele a água e outro que a atrai.
O resultado, segundo os investigadores, é uma pastilha elástica que não se cola, quer esteja húmida ou seca, mas está ainda em fase de experimentação.
«Temos a base da pastilha elástica sem sabores ou outros ingredientes. É como um chiclete mastigado durante muito tempo», explica no jornal Times o professor.
A invenção obteve na quinta-feira o prémio Novo Projecto da Universidade de Bristol, no valor de 30.000 libras (49.200 euros), que permitirá a continuação das investigações.
Além desta utilização, Cosgrove garante que o novo polímero poderá ser também usado para limpar grafitos ou, em hospitais, para evitar que as bactérias adiram às luvas.
Em Fevereiro, a Câmara de Liverpool promoveu uma «cimeira do chiclete» para reclamar um imposto especial sobre este produto que ajudaria a pagar os cerca de 220 milhões de euros anuais em que estimou o custo de os limpar.
in Diário Digital 1 de Julho 2005

quarta-feira, 18 de maio de 2005

Discos com 300GB

O próximo ano promete bater todos os recordes de armazenamento, com os novos discos de 300GB desenvolvidos pela InPhase Technologies e pela Bayer MaterialScience. Esta ultima revelou ter investido cerca de 5 milhões de euros no desenvolvimento de um polímero fotossensível para os discos holográficos, os quais conseguirão armazenar o equivalente a 50 DVD.
Esta tecnologia deverá estar disponível já em 2006, com discos e dispositivos para gravação e leitura dos mesmos. O processo é bastante similar aos usados pelos DVD, baseado num laser que grava a informação num polímero sensível à luz. Mas, ao contrário dos DVD, este dispositivo utilizará todo o volume do material de armazenamento e não apenas a superfície. A Bayer MaterialScience anunciou ainda que pretende aperfeiçoar estes polímeros, de forma a permitir a produção de discos com uma capacidade de armazenamento de 1,6 TeraBytes.

in Exame Informática 17 de Maio 2005