sexta-feira, 24 de março de 2006

Universidade Minho coopera com a Ford

O Instituto de Polímeros e Compósitos (IPC) da Universidade do Minho vai desenvolver, em cooperação com a Ford, peças de segurança para a indústria automóvel com melhor desempenho mecânico ao impacto, disse hoje fonte da instituição segundo um «take» da Lusa. Este projecto de investigação científica e tecnológica "surge da necessidade de criar novos paradigmas da engenharia com materiais plásticos na indústria automóvel, de modo a dar resposta às especificações cada vez mais exigentes da legislação aplicável".
O projecto inicia-se, em Maio, em cooperação com a Ford Motor Company, em Dearborn, Estados Unidos, através do seu departamento de Materials Research and Advanced Engineering. Com financiamento directo da Ford para um período de três anos, permitirá expandir as competências do Instituto - sedeado no pólo de Guimarães da Universidade - na área automóvel.
A investigação - sublinha a fonte - "incidirá na área da segurança, e requer um conhecimento acrescido do comportamento dos materiais utilizados, em especial nos componentes no interior do automóvel (pilares, tablier, consola, coberturas de air-bags)". A equipa de trabalho, que integra os investigadores Ricardo Simões, Júlio Viana, Gustavo Dias, e António Cunha, pretende assim "demonstrar as vantagens inerentes de uma estratégia de acoplamento entre ensaios laboratoriais e simulações computacionais, e simultaneamente fortalecer os seus laços de cooperação com entidades de relevo mundial".
O IPC da Universidade do Minho iniciou também em 2006 um projecto de investigação científica sobre o comportamento mecânico e eléctrico de nano-materiais de base polimérica. Este projecto será desenvolvido em cooperação com o Air Force Research Laboratories, dos Estados Unidos, que garante parte do financiamento durante os dois primeiros anos. O restante financiamento será garantido pelo European Office of Aerospace Research and Development.
"Numa altura em que as estratégias europeias apostam em inovação com base em avanços científicos e tecnológicos, este projecto em nano-materiais permitirá reforçar a investigação levada a cabo no IPC nesta área, assim como gerar novas competências que se enquadram perfeitamente com as políticas regionais e com o Plano Tecnológico Nacional", acentua o organismo.

Fonte: www.cienciahoje.pt/index.php?oid=2733&op=all

2006-03-20

terça-feira, 7 de março de 2006

Contratos de 145 milhões marcam 1.º ano de Governo

A assinalar um ano de governação, serão hoje assinados novos contratos de investimento no valor global da ordem dos 145 milhões de euros na conferência "Porque Investimos em Portugal". Um mega-evento organizado pelo Ministério da Economia, em que estará presente a 'nata' do empresariado nacional, cabendo a Américo Amorim, Belmiro de Azevedo e Pedro Queiroz Pereira responder a essa questão. O primeiro-ministro procederá ao encerramento da sessão.
São oito os novos contratos de investimento que o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Basílio Horta, vai assinar, cinco dos quais de grande volume e três referentes a pequenas e médias empresas. Assim, cerca de 135 milhões de euros referem-se aos projectos da Repsol Polímeros, Groz-Beckert Portuguesa, Polipropigal, Continental Mabor e Legrand Eléctrica. Os restantes 10, 8 milhões dizem respeito aos investimentos da Dominó, da Heliotextil e da Empresa Industrial de Borracha - EIB.
De acordo com uma nota enviada pela organização da iniciativa à agência Lusa, o contrato com a Repsol Polímeros, no valor de 49,5 milhões de euros, prevê a expansão e modernização do complexo petroquímico da Repsol em Sines, que, com um total de 431 postos de trabalho, atingiu vendas de 605 milhões de euros em 2005, 78% das quais destinadas à exportação.
Os investimentos previstos para a Groz-Beckert Portuguesa (14,4 milhões de euros) envolvem a área produtiva da empresa de agulhas e acessórios para as indústrias de malhas, confecções e feltros, com fábrica em Valadares, Vila Nova de Gaia, ao nível da informática, permitindo reforçar a exportação. À Polipropigal, de Arcos de Valdevez, os 38,4 milhões de euros de investimento permitirão a criação de uma nova unidade de produção de filme de polipropileno biorientado, que criará 85 postos de trabalho.
O contrato de investimento de 18,75 milhões de euros que será assinado com a Continental Mabor prevê um projecto de modernização que visa o reforço da capacidade produtiva da fábrica de pneus de Lousado (Vila Nova de Famalicão). Será instalada uma segunda linha para fabricar pneus para jipes urbanos de alta velocidade (SUV). Já a Legrand Eléctrica vai aplicar 12,4 milhões de euros na expansão e modernização da unidade fabril de Carcavelos. A empresa, que dispõe de 431 trabalhadores, exporta 45% da sua produção e o objectivo é reforçar a sua capacidade exportadora de aparelhos de baixa tensão.
Já ao nível das PME, serão assinados três contratos com a Dominó - Indústrias Cerâmicas SA, de Condeixa-a-Nova, a Heliotêxtil - Etiquetas e Passamanarias, SA, de S. João da Madeira, e a EIB - Empresa Industrial de Borracha, da Marinha Grande, num total de 10,8 milhões de euros.

in Diário de Notícias 6 de Março 2006