segunda-feira, 14 de agosto de 2006


Investigação de ponta na UM com projecto para a Ford Motors

O Instituto de Polímeros e Compósitos (IPC) da Universidade do Minho arranca em Setembro com um projecto científico e de investigação, em cooperação com a "Ford Motor Company" para o desenvolvimento de peças de segurança para a indústria automóvel cujo principal objectivo é encontrar o melhor desempenho mecânico ao impacto. Depois da toda a parte logística estar já concluída, a equipa universitária começa a trabalhar depois do Verão "A peça que vamos testar é segredo, mas posso dizer que está situada no interior do carro", começa por explicar um dos coordenadores do projecto.

Ricardo Simões está convencido de que este tipo de trabalho "é absolutamente crucial no desenvolvimento de soluções de segurança que diminuam as situações de acidente envolvendo automóveis". Abrangendo todas as fases da investigação, desde a científica, passando pela simulação e acabando na experimental, este projecto vai também permitir "criar modelos computacionais que possam depois ser usados noutras peças de automóveis".

Para o investigador da UM, "a segurança ligada a componentes do interior do automóvel (tabliers, pilares, consola ou coberturas de airbags) é um factor de preocupação acrescida no projecto destes componentes e requer um conhecimento acrescido do comportamento dos materiais utilizados".A empresa americana disponibiliza para esta investigação 240 mil dólares, distribuídos por três anos. Júlio Viana, Gustavo Dias e António Cunha compõem, para além de Ricardo Simões, a equipa que vai trabalhar nesta parceria para compreender "melhor os fenómenos associados ao impacto de peças de plástico, o que irá permitir o desenvolvimento de novos produtos".

A realidade portuguesa na área dos componentes para automóveis é diferente da indústria de montagem "No caso dos componentes, a maior parte da produção nacional é exportada, para além de uma já significativa produção fora de Portugal por parte das nossas empresas", o que para Ricardo Simões é sinal de que "a indústria nacional tem vindo a aumentar a sua capacidade concorrencial e de afirmação a nível internacional".

Estudo para a Air Force

O IPC estabeleceu também um protocolo de cooperação científica com a "Air Force Research Laboratories" com vista à criação de modelos computacionais que "estudem os fenómenos responsáveis pelo comportamento mecânico e eléctrico de compósitos de matriz polimérica reforçados com nanofibras de carbono". Segundo Ricardo Simões, é do conhecimento geral que "a inclusão de nanofibras altera o comportamento matriz dos materiais. O que se pretende é arranjar modelos computacionais que prevejam as propriedades destes materiais, apontem as suas lacunas e as resolvem no imediato", exemplificando "A ideia é que um problema numa asa depois de detectado seja imediatamente corrigido ou minimizado através de um programa computacional que, entretanto, identifica o tipo de material e a sua composição". 25 mil euros investidos e um investigador a tempo inteiro.

http://jn.sapo.pt/2006/08/14/norte/investigacao_ponta_um_projecto_para_.html

2 comentários:

Anónimo disse...

Desculpai colocar o link sem me registar, mas não tenho intenções de o fazer.

http://jn.sapo.pt/2006/08/30/norte/saida_firma_parque_celeirosempobrece.html

Esta firma foi visitada há poucos meses pelos alunos do 4º ano, se não estou em erro. Poderam comprovar qe o parque industrial estava muito degradado, inclusive a própria placa que o sinaliza.

NEP disse...

Agradecemos desde já a tua perspicácia e atenção dedidadas a estes assuntos de interesse público, em particular para estes ligados á Engenharia de Polímeros. Contudo, como é possível verificar, o link da noticia publicada no JN em 30/08/06 encontra-se incompleto e portanto desde já nos prontificamos a corrigi-lo aproveitando o sucedido para igualmente postar a noticia na integra com o respectivo link funcional.

Saudações ao caro "anonymous", NEP